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  • Foto do escritorAbner Oliveira

Casa das Rosas, um dos mais tradicionais Museus de São Paulo, reabre ao público

O Museu Casa das Rosas está de portas abertas para receber o público. Quem passar por São Paulo poderá incluir no roteiro uma visita ao casarão, a fim de conhecer o edifício com as suas características originais e conferir a exposição inédita “Vivências do Novo”.

A primeira parte da mostra (no pavimento térreo) apresenta diversas instalações com imagens históricas da Avenida Paulista e do Museu como testemunha das transformações urbanas, culturais e artísticas de São Paulo. Já a segunda parte, "Dimensão Cidade" tem a curadoria de Paula Borghi e exibe, no andar superior, obras de 15 artistas contemporâneos: Abigail Campos Leal, Augusto de Campos, Bruno Baptistelli, Cleverson Salvaro, Débora Bolzsoni, Gerty Saruê, Manu Costa Lima, Meliny Bevacqua, Natalie Salazar, Nino Cais, R. Trompaz, Roberto Freitas, Shirley Paes Leme, Thiago Honório e Xadalu Tupã Jekupé.

A Casa das Rosas é um museu da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerenciado pela Organização Social de Cultura Poiesis, e o seu restauro recebeu um investimento de R$ 4,2 milhões, custeados pelo Governo do Estado de São Paulo. A obra foi executada pela empresa Estúdio Sarasá Conservação e Restauração.

“O Museu Casa das Rosas renasce com uma nova identidade, preservando sua história de comprometimento com a cultura e a literatura, mas acompanhando tendências contemporâneas e possibilitando novas perspectivas para o futuro. Além disso, o público encontrará um espaço mais acessível, de modo que todos possam vivenciar o que essa instituição museológica tem a oferecer”, informa Marília Marton, secretária estadual da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo de São Paulo.

Crédito: André Hoff

Um Novo Museu


Durante o período do restauro, a equipe técnica da Poiesis, alinhada com diretrizes definidas pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, procurou repensar o Museu dentro do nosso cenário cultural atual e suas perspectivas para o futuro. Assim, o museu atuará como centro aglutinador das diversas tendências criativas que compõem o atual panorama da cidade e do país, não só em literatura, mas também em artes visuais, performance, música e outras linguagens inter-relacionadas.

A exposição de curta duração “Vivências do Novo”, pensada para reabrir a Casa das Rosas, é composta por dois módulos; o primeiro, no térreo, trará imagens e informações sobre as transformações da Av. Paulista, sobre o projeto da Casa das Rosas – criado pelo célebre arquiteto Ramos de Azevedo, também focalizado nesse ambiente –, e as diversas fases de utilização do edifício. O segundo módulo, “Dimensão Cidade”, que conta com curadoria da pesquisadora Paula Borghi, exibirá obras de 15 artistas contemporâneos, reunidos sob o tema da urbanidade e com trabalhos em diferentes modalidades artísticas, como pinturas, esculturas e instalações.

“Reforçando uma das propostas do museu, essa exposição mostrará como a Casa das Rosas é testemunha viva das transformações urbanas da metrópole e, ao mesmo tempo, um centro que promove a diversidade abrindo suas portas às manifestações culturais e artísticas de coletivos e artistas da cidade e do Brasil”, afirma Marcelo Tápia, diretor da instituição.

O Restauro


Um dos focos do restauro foi a reparação de problemas identificados na estrutura física do imóvel, como rachaduras, infiltrações e melhoria nos sistemas elétricos e hidráulicos. Um detalhe que chama bastante a atenção é a recuperação da aparência original de diversos elementos da Casa.

Entre eles, destacam-se as gárgulas (esculturas características da arquitetura gótica incluídas no alto de edificações), sendo que algumas chegaram a ser totalmente refeitas por meio de moldes confeccionados a partir de partes das peças originais. Também se destacam os adornos metálicos, como as peças decorativas utilizadas para cobrir os aquecedores utilizados em toda a edificação, que foram recuperados e polidos.


E uma atração especial são os papéis de parede nos ambientes da Casa: uma vez revelados com a retirada de camadas de massa e tinta, foi possível reproduzi-los e reaplicá-los; um dos originais, no entanto, pôde ser totalmente restaurado e cuidadosamente retocado à mão ao longo de diversos meses.

Para promover ampla acessibilidade, foram realizadas diversas adequações. O banheiro do térreo da antiga residência foi adaptado para pessoas com mobilidade reduzida; foi instalado piso podo tátil ao longo dos ambientes, assim como corrimãos duplos de metal, com placas contendo inscrição em Braille nas escadas, além de sinalização nos pisos para pessoas com baixa visão. Também foi projetada e instalada uma rampa de acesso ao Museu, em total harmonia com o conjunto, localizada ao lado da entrada principal de público.

O elevador foi adequado para pessoas com mobilidade reduzida e agora dará acesso também ao subsolo da Casa, onde se encontra o Acervo Haroldo de Campos, composto pelos mais de 20 mil volumes que pertenciam à biblioteca do poeta, um dos criadores da poesia concreta e patrono do Museu. “

Além de todas essas novidades, também foi desenvolvida, pela equipe de designers da Poiesis, uma nova identidade visual para o Museu, que marcará este importante momento.

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