Tornar o Brasil o maior destino de turismo sustentável do mundo: esse é o propósito da Vivalá, uma agência de turismo sustentável que realiza expedições em todo o país unindo comunidades, natureza e voluntariado em uma só experiência.
O turismo foi um dos primeiros setores a sentir os impactos negativos das restrições impostas pela pandemia de COVID-19 e, não à toa, é também o que mais está se preparando para a retomada. Com as atividades turísticas suspensas no ano passado, a Vivalá redirecionou sua energia para realizar pesquisas junto aos viajantes, buscar captação de recursos via editais e articular uma campanha com doação de mais de 30 mil reais para comunidades tradicionais em situação de vulnerabilidade, que ficaram sem a visitação habitual.
“Primeiro porque as pessoas estão cada vez mais buscando experiências autênticas, uma viagem que não seja apenas de turismo convencional, mas que também ajude a preservar o meio ambiente e cause impacto positivo na vida das pessoas, das comunidades. Também há uma procura crescente por viagens que proporcionem uma conexão profunda com a natureza em seu estado puro, seja pela segurança de estar em locais abertos, seja pela necessidade de ar livre depois de um longo período de isolamento, mas também pelo reconhecimento coletivo de que estar junto à natureza gera bem-estar”, explica Daniel Cabrera, diretor executivo e cofundador da Vivalá.
Volunturismo: embarcando nessa viagem
Expedição Rio Negro - Crédito: divulgação
Não bastasse a oportunidade de conhecer geograficamente novos lugares, uma modalidade de turismo que permite um contato profundo com o destino, sua cultura e população local com intervenções que ajudem grupos sociais desfavorecidos é o volunturismo.
O voluntário ou 'volunturista' que decide embarcar em uma expedição da Vivalá recebe um treinamento on-line para compreender a metodologia da agência, incluindo informações sobre biodiversidade, cultura local, contatos e sugestões do que deve ser levado na mala.
Por meio de expedições em diferentes regiões do Brasil, a Vivalá faz um mergulho na cultura local de comunidades tradicionais ribeirinhas e indígenas com a intenção de valorizar a vida humana por meio do turismo de base comunitária. No país com a maior biodiversidade do mundo, as experiências sempre acontecem em unidades de conservação, fortalecendo a mensagem de proteção ambiental.
Em 50 expedições de turismo sustentável, a Vivalá já soma mais de R$ 530 mil reais injetados diretamente nas comunidades e mais de 150 negócios locais de turismo de base comunitária mentorados em mais de 4.600 horas de voluntariado.
Expedições 2021
Cinco destinos já estão confirmados para o segundo semestre de 2021, entre eles Lençóis Maranhenses; Aldeia Idígena Shanenawa, no Acre; Geoparque Seridó, no Rio Grande do Norte; Chapada Diamantina, na Bahia; Grande Sertão Veredas, entre Minas Gerais e Bahia; e Chapada dos Veadeiros, no Planalto Central.
Atualmente, a Vivalá atua em dois destinos na Amazônia: Rio Negro, no Amazonas, e Rio Tapajós, no Pará. As próximas aventuras estão marcadas para o feriado de sete de setembro. Serão 8 dias e 7 noites de imersão junto à população ribeirinha local.
No caso da Expedição Rio Tapajós, a viagem começa em Santarém, a terceira maior cidade paraense, passa pelas comunidades de Maguari e Jamaraquá, dentro da Unidade de Conservação da Floresta Nacional dos Tapajós, segue por trilhas e outras experiências, como o Carimbó, até chegar em Alter do Chão (por água) onde é possível se conectar com cenários como a Praia da Ponta das Pedras e a Praia do Amor.
Expedição Rio Tapajós - Crédito: divulgação
Já a Expedição Rio Negro, tem início em Manaus e se desenvolve na comunidade ribeirinha de Lago do Acajatuba, cerca de 1h30 de barco da capital amazonense. Lá, o grupo vive experiências como trilha na selva, mergulho no rio, observação do céu, oficinas culturais, além, é claro, do voluntariado.
As expedições incluem transporte terrestre e aquático (desde o ponto de partida do início da expedição), hospedagem e quase todas as refeições, exceto em dias livres para jantares e inclui acompanhamento de guia em todos os destinos.
“A partir de nossa parceria com a Fundação Grupo Boticário, temos o compromisso de expandir o turismo sustentável para outros biomas e comunidades do Brasil em 2021. Por isso, além da nossa tradicional atuação na Amazônia, entre Amazonas e Pará, temos agora a aldeia indígena Shanenawa, no Acre”, conta Cabrera, que também revela um amplo objetivo a longo prazo da agência: “Queremos transformar o Brasil no maior destino de turismo sustentável do mundo, um turismo inclusivo, que proporcione bem-estar para todos os envolvidos, a biodiversidade, as comunidades tradicionais e os viajantes”.
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