O Farol Santander São Paulo apresenta a exposição inédita Santos Dumont - o poeta Inventor, em homenagem aos 150 anos de nascimento do inventor e aeronauta brasileiro, conhecido por muitos como o “pai da aviação”. Com curadoria de Ceres Storchi, a mostra apresenta sua icônica trajetória na conquista do voo, sua vida em família no Brasil e suas pesquisas em Paris, tudo isso por meio de itens históricos, objetos pessoais, desenhos de projetos, fotos, vídeos, maquetes exclusivas, interatividade e versões dos aviões 14 Bis e Demoiselle em tamanho real.
Em exibição até 15 de outubro (domingo), a exposição é apresentada pelo Ministério da Cultura e tem patrocínio do Santander Brasil e apoio do Comando Aéreo Regional, Fundação Santos Dumont, Museu Paulista e Cartier. A mostra apresenta nos pavimentos 24 e 23 do Farol Santander o mundo de Alberto Santos Dumont.
Além das galerias, o famoso Hall do edifício no centro da capital paulista também será ocupado com uma grande atração. Trata-se de um modelo do 14 Bis, o biplano com o qual fez o primeiro voo homologado do mundo. A réplica, construída por Alan José Calassa, em 2005, é apresentada em tamanho real inclinado acima da cabeça dos visitantes, como se estivesse voando no Parque de Bagatelle. O exemplar do 14 Bis pesa 150kg, mede 9,6 metros de comprimento por 11,7 metros de envergadura e 3,72 metros de altura na extremidade das asas.
“Os voos sempre assistidos e seus artigos para revistas e periódicos eram para Santos Dumont uma importante forma de compartilhar conhecimento, que é justamente o que propõe essa exposição, difundir mais uma vez seus feitos memoráveis, sua habilidade e percepção ao mediar as condições da natureza e nossa humanidade em busca de um futuro melhor. Santos Dumont imaginava de maneira ímpar o futuro da aviação no cotidiano da sociedade”; comenta Maitê Leite, Vice-Presidente Executiva Institucional do Santander Brasil.
A exposição inicia na galeria do 24º andar, onde apresenta a narrativa das diversas tentativas e os muitos inventos que se propuseram a fazer o homem voar. Com o objetivo de fazer sentir Paris, o público caminha sobre uma imagem aérea da cidade aplicada no piso, com a localização das atividades cotidianas do aeronauta. O Balão Brasil e os 10 modelos de dirigíveis (Nº1 a Nº10) concebidos e testados por Santos Dumont, no desenvolvimento da pesquisa sobre a dirigibilidade dos balões, são apresentados como maquetes feitas exclusivamente para esta exposição, pelo arquiteto Ricardo Martins Girotto Mendes, que intensificam a experiência do visitante.
“Santos Dumont adentra o universo da aviação a partir de um sonho seu. Há algo de lúdico, de fábula, de histórias de “era uma vez” quando compomos sua trajetória, observando o caráter experimental do seu trabalho e a relação corpórea em primeira pessoa cada vez que ele voava na sua própria criação”; analisa Ceres Storchi, curadora da mostra.
Ainda no 24º andar, textos selecionados reproduzem o relato de Santos Dumont, transcritos do seu livro Os meus Balões. O público poderá conferir também elementos do acervo do Museu Paulista, da Fundação Santos Dumont e da Cartier, entre eles: o cesto do balão Brasil, o primeiro executado sob projeto e orientação do próprio Alberto; escultura de bronze Ícaro; tela Primeira experiência com O Balão de Bartolomeu de Gusmão (de Bernardino Souza Pereira); gorro e luvas de aviador; um relógio Santos do modelo que Louis Cartier executou para o inventor em 1904; desenhos do projeto deste relógio; câmeras fotográficas; cadernos de anotação; carteiras licença de aviador e outros documentos.
Outro item raro exibido é a primeira edição do livro Dans L´Air (Os Meus Balões), publicado por Santos Dumont em 1904. Outras publicações que o inspiraram para a sua trajetória de aeronauta também serão expostas em uma linha do tempo com cronologia dos fatos mais importantes do aviador. Ao final deste espaço, uma edição de vídeo compõe cenas de Paris e fotos e filmes de alguns voos de Alberto.
Na galeria do 23º piso, outro grande destaque: um modelo funcional do avião La Demoiselle, pesando 110kg, com 6,20m de comprimento por 5,50m de envergadura, será exibido e pilotado por uma figura cênica de Santos Dumont. A réplica foi restaurada por Reinaldo Rodrigues no início de 2023, justamente para as comemorações dos 150 anos do nascimento do brasileiro. De acervo, além da aeronave, será exposto o cesto do dirigível Nº6, que lhe rendeu o cobiçado Prêmio Deutsch de la Meurthe, e o Conversor Marciano, uma das suas invenções. Um conjunto de fotos e desenhos dos projetos detalham técnica e historicamente as criações.
Com recursos de tecnologia e mídia, a galeria do 23 terá duas ilhas de interação em voo simulado com telas de led e projeção para o compartilhamento das experiências de voo do Dirigível N°6, simulando o trajeto por Paris e o giro em torno da Tour Eiffel e o voo do avião Demoiselle.
Entre os dois espaços de interação, há um ambiente cenográfico de hangar. Nesse recinto, algumas atividades lúdicas serão viabilizadas para visitantes de todas as idades: pequenos jogos temáticos, quebra-cabeça de magnetos e jogos de memória. A estrutura do hangar é ambientada em madeira e lona, segundo relatos de Santos-Dumont sobre o seu próprio espaço de trabalho e invenções.
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