Responsável por 7,1% do produto Interno Bruto do Estado de São Paulo, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) é mais conhecida nacional e internacionalmente por seus polos industrial, científico, pesquisa, acadêmico, hospitalar e o turismo de negócios – ocupando a 5ª posição com maior atração de eventos no país. Mas outro segmento tem se destacado: o polo gastronômico, rico e diversificado, com atração de investimentos de marcas consolidadas e grupos regionais.
A Região Metropolitana de Campinas tem uma população estimada em 3,2 milhões de habitantes. Com mais de 3,7 mil restaurantes e bares, o setor responde por uma parte significativa da movimentação do PIB regional. Os gastos com alimentação fora do lar e bebidas na RMC para 2023 devem chagar a R$ 7.319 bilhões. Sem contar o volume gasto por turistas de passeios e negócios, que circulam mensalmente pelas cidades da região.
A reboque dessa força econômica, a gastronomia regional se consolidou na última década como um dos principais polos gastronômicos do Estado, como explica o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) Regional Campinas Matheus Mason. “Temos um setor dinâmico e bem evidente na região, que contribui não somente para a economia, mas principalmente no fomento do turismo regional.”
A cidade conta, por lei, com quatro polos gastronômico – os bairros do Cambuí, do Guanabara e os distritos de Barão Geraldo, e de Sousas e Joaquim Egídio, mais conhecidos dos turistas de final de semana, por estarem localizados em Área de proteção Ambiental (APA), com fazendas históricas e espaços para atividades esportivas -, sem contar os centros de compra das cidades da região.
“Hoje, a região de Campinas está consolidada como um dos mais fortes e importantes polos gastronômicos do Brasil por sua riqueza e variedade de estabelecimento, contribuindo para o fomento do turismo de negócios e de passeio, além de gerar empregos e renda”, acrescenta o presidente do Campinas e Região Convention e Visitors Bureau, Vanderlei Costa.
A região, não somente as cidades da RMC, hoje oferece opções de diversos restaurantes de variados estilos gastronômicos, bares, gastronomia de fazenda e até internacional.
Completando 20 anos e com diversos prêmios nacionais, o Bellini Ristorante, de comida mediterrânea, e o Kindai (japonês), são exemplos da consolidação do setor. Localizados dentro do Vitória Hotel Concept Campinas, recebem diariamente moradores da região e turistas de eventos corporativos. Outro exemplo de estabelecimento consolidado é o Banana Café Campinas, no bairro gastronômico do Cambuí, inaugurado há cinco anos. A casa conta com uma unidade na Capital paulista, porém os cardápios têm suas diferenças.
Localizado no polo gastronômico do Distrito de Joaquim Egídio, o Vila Paraíso Restaurante, há mais de duas décadas em funcionamento, se destaca pela cozinha brasileira e uma variedade de peixes e frutos do mar. “Um indicativo da força do polo gastronômico regional pode ser mensurado pelo número de pessoas de outras cidades e estados que passam pela casa nos finais de semana e de turistas internacionais, que chega a representar até 60% dos clientes”, afirma Fernanda Barreira, gerente de Marketing do Vila Paraíso.
Empresário da área fitness, mas com formação na gastronomia, Edward Bilton decidiu mais recentemente aposta na área, com a abertura do restaurante Floresta Cultura. “A gastronomia de Campinas sempre foi destaque e vem ganhando notoriedade a cada ano, o que nos incentivou a abrir esse novo negócio.”
Há 30 anos no mercado, a Churrascaria Colonial Grill, de Campinas, é outro exemplo da evolução da gastronomia local. “A casa vem evoluindo e se adaptando às exigências cada vez maior do público, não só da região, mas de outros estados e países”, garante Sérgio De Simone, fundador do restaurante.
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