Não por acaso, os mais de 240 mil visitantes esperados na 39ª Expoflora serão incentivados a prestar mais atenção às causas ambientais por meio das mensagens contidas na decoração, nos materiais e nos objetos da Exposição de arranjos florais, na Mostra de paisagismo e decoração e nas ações realizadas pela comissão organizadora do evento, que acontece até dia 25 de setembro, de sexta-feira a domingo, em Holambra, interior de São Paulo.
A preocupação com as medidas ecológicas já tornou o parque da Expoflora autossustentável em energia elétrica por meio da captação fotovoltaica. No total, 600 painéis de captação de energia fotovoltaica foram instalados sobre o telhado do pavilhão de entrada do evento, a maior área coberta do parque da Expoflora, com 15.000 m².
Desde então, o projeto garantiu a geração mensal de 12.000 kWh (300.000 kWh/ano), superando em muito o consumo anual do parque, de 186.960 kWh. Como comparativo, o total gerado de energia seria suficiente para abastecer 1.973 casas populares, considerando um consumo de 152 kWh por unidade. A solução mostrou-se acertada. Até hoje, cinco anos após a instalação dos painéis, já foram gerados 1.500.000 Kwh, possibilitando a economia de R$ 240 mil por ano em energia elétrica.
Captação de energia solar no Parque da Expoflora - Crédito: Divulgação
Mais importante do que o resultado financeiro, entretanto, é o benefício para a natureza. A energia limpa produzida no parque corresponde a 36 toneladas de CO² que deixam de ser lançadas na atmosfera a cada edição da Expoflora.
Economia de água
Outra medida de caráter socioambiental é a utilização de um gel que auxilia a flor na absorção da água, possibilitando grande economia no consumo relacionado à irrigação. Nesta edição do evento, o gel é utilizado onde há possibilidade, nos canteiros do parque e no Magic Garden Holambra. O produto, em formato de grãos, após hidratado se transforma em uma espécie de gelatina. Ele é colocado na cova, por baixo da planta, no momento do cultivo, e funciona como um reservatório de água adicional para o vegetal.
Móveis reciclados
Crédito: Juliana Lazarini
O respeito à sustentabilidade também está presente na Mostra de paisagismo e jardinagem. Grande parte dos 18 ambientes criados pelos paisagistas priorizou plantas de baixa manutenção que exigem poucas regas - economizando água -, e utilizou pisos drenantes que permitem a passagem da água da chuva para o solo com eficiência de quase 100%.
A sustentabilidade também é garantida com a coleta, a triagem e a reciclagem dos resíduos gerados durante o evento. Na última edição da Expoflora, em 2019, quando a exposição recebeu cerca de 328 mil visitantes, foram recicladas 17,5 toneladas: a maior parte de papelão (10,3 toneladas), seguida por embalagens pet, alumínio, polietileno de alta e de baixa densidade, polímero termoplástico, chapas de poliestireno e embalagens longa vida.
Os profissionais também optaram pelo uso de tintas não agressivas ao meio ambiente, por tecidos ecológicos e por móveis e adereços construídos com material de demolição ou com madeira certificada, o que garante a sua origem não predatória. Há, ainda, materiais que seriam descartados e foram transformados e reutilizados em vasos, luminárias, aparadores e outros objetos de decoração.
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